O filósofo é uma pessoa que está acima das
paixões, dos acidentes da vida, é um incrédulo, um livre-pensador, vive
meio afastado da sociedade e é indiferente às coisas do mundo, é
praticamente um ser excêntrico, está mais próximo do saber e da
ciência.
A figura do filósofo tem a sua importância, ele reflete sobre todas as
coisas cotidianas e essenciais. A Filosofia data do século IV A.C.,
surgiu na Grécia Antiga, como uma atividade especial do homem sábio, o
amigo do saber (filo + sophia = amor à sabedoria).
Desde então inúmeras foram as tentativas de definir exatamente o que
procura e o que faz um filósofo. Apesar do reconhecimento, as opiniões
são imprecisas e divergentes em relação a determinar qual a sua
verdadeira ciência. Aristóteles, discípulo de Platão e fundador do
Liceu, uma escola voltada para o saber e a ciência que ele instalou em
Atenas no mesmo século IV A.C., fez uma das mais claras exposições
sobre as qualidades da filosofia.
Em
todos os ramos do conhecimento a presença do filósofo pode ser sentida.
Seja defendendo, seja criticando, os filósofos procuram marcar suas
posições diante de toda atividade humana que envolva a reflexão. Sempre
na esperança de poder encontrar algum critério ou princípio que
justifique uma tomada de decisão ou uma argumentação qualquer. Da
religião às artes, buscou-se, muitas vezes em vão, fornecer algum
esclarecimento sobre a melhor maneira de se posicionar a respeito dos
assuntos mais interessantes do ponto de vista humano.

A falta de uma função específica para a filosofia,
devido ao fato dela procurar discutir todos os temas relativos ao
entendimento humano, tornou-a uma disciplina de difícil aceitação
quanto a sua participação social. Eventualmente, a finalidade da
filosofia é algo que apenas os filósofos poderiam opinar. Entretanto,
dadas as exigências de justificação de todos os princípios, a solução
filosófica para definir a melhor concepção de filosofia está
paradoxalmente enredada numa explicação circular que os próprios
filósofos rejeitam. Talvez a única alternativa para a quebra desse
círculo seja deixar para a própria sociedade a definição do papel a ser
exercido pelos filósofos.
A
principal característica é a de que ele não é um especialista. O
sophós, o sábio, é um conhecedor de todas as coisas sem possuir uma
ciência específica. O seu olhar derrama-se pelo mundo, sua curiosidade
insaciável o faz investigar tanto os mistérios do cosmo e da physis, a
natureza, como as que dizem respeito ao homem e à sociedade. No fundo,
o filósofo é um desvelador, alguém que afasta o véu daquilo que está a
encobrir os nossos olhos e procura mostrar os objetos na sua forma e
posição original, agindo como alguém que encontra uma estátua jogada no
fundo do mar coberta de musgo e algas, e gradativamente, afastando-as
uma a uma, vem a revelar-nos a sua bela forma e esplendor.
A filosofia estuda o conhecimento racional da natureza, do ser humano, do universo e suas transformações.